É o fim
Eu precisava apenas da sua mão para segurar, pensei por horas em você sendo que você estava no mesmo lugar que eu...
Bebi muito, usei todos os entorpecentes possíveis para que eu pudesse te esquecer e ao mesmo te ter ao meu lado a hora que eu bem entendesse...
E após eu ter passado novamente por este ritual degradante, de te declarar de todas as formas possíveis o quanto um homem pode ser capaz de amar alguém, novamente me foi negada a sua mão...
E vejo que por mais imbecil que eu venha a ser em insistir em mutilar meu peito, em teimar em te ver um pouco em cada parte da minha vida, não tenho certeza de que sou mais capaz de te levar em pensamento...
Na verdade, farei valer o que te disse noite passada, que quero apenas que você seja feliz, seja como for, e hoje vejo que talvez, para isso eu tenha que te negar todos os dias...
E negar o seu rosto nas janelas dos ônibus, das casas, nas ruas a caminhar, nos bares a me acompanhar, em um coração solitário e que assim, pelo visto, permanecerá...
Vejo sim, que mais fácil teria nem ter chegado a te conhecer, mas penso que se assim fosse, teria perdido um pedaço do que sou hoje e a chance, ou melhor, a possibilidade de desistir e perder alguém...
E é o que farei, me darei a chance de poder perder ou ganhar um novo alguém, de teimar mesmo perdendo que pode dar certo, de dar um lar a um combalido coração, de me doar a alguém que me fará feliz e quem sabe bobo, um bobo feliz...
Não julgo agora se você me mereça ou não, se realmente merece aqueles que jamais te deram valor, mas tiveram uma chance, só espero que você saiba optar, e possa sentir, seja por que for, pelo menos 1% do que senti...
E que a cada novo verão ou inverno, permaneças sempre com o sorriso lindo de sempre, e que sempre me lembrou sua existência...
Digo agora, me reconstruo, estarei ``em obras``, mas que quando acabar estarei ali, no mesmo bar, nas mesmas festas, ruas a cultivar uma nova flor!
Pedruba Guedes