sábado, 23 de julho de 2011

Nota ao repúdio


Por quantas vezes é possível se repudiar?
tantas são as causas dos nossos problemas
e tão poucas as suluções para tais teoremas...
Tudo isso pode ate parecer anacrônico
Porém, quero apenas dar ao meu repúdio um lar
sejam quantos os erros que cometes
ou o quanto bebes ou fumas
e as cretinagens que o vício lhe trará
nada mais importa, se tiveres sempre a ti
e a um amigo a quem acompanhar
não digo que seja fácil curar-se das dores
digo apenas que somente um caminho em meio a flores
e que é impossível deixar de repudiar suas próprias dores,
suas falhas, seus erros, seus defeitos
mesmo porque afinal, o que não somos além de meros humanos?
errar faz parte de nós, assim como repudiar
assim como começar por pensar
pensar em novas rotas a trilhar
erquer-se ante o presente vazio
e ser capaz de criar um eu vil
capaz de se recriar porém, sem jamais esquecer
de cada lição a ser tirada ao fim de um entardecer
privo me portanto, agora, a repudiar o que fui
e ao que eu sou
a tudo que em hora há de me cercar
e volta e meia vir a me perdoar
a me encontrar comigo seja sozinho
ou entre amigos
sacio me com a certeza e o orgulho de um forte
um gigante andarilho
que apesar do socos que em vida levar
jamais deixa de lutar!


Pedruba Guedes

terça-feira, 28 de junho de 2011

Barboseio


Seja como for, não da pra parar...
Se não for p/ lambadiar, que seja p/ barbosear.
Sinto o ritmo, navego em puro desvaneio,
e veja como é lindo, o meu barboseio!

Acompanho na vida, Beto Barbosa meu companheiro.
Amigo e mestre primeiro no barboseio!
Me ensina sempre que não em guerra entrar...
Se eu tiver comigo um par para barbosear.

Quero sua presença, não apenas seu apreço!
É com coração que sigo a caminhar por um apelo...
Apelo faceiro, moleque temido e guerreiro!
Que nada teme a se dedicar de corpo inteiro.

Aguardo pelo fim em vida, da arte sem mais floreios!
Dedico ao prazer simplista, da dança sem bloqueios...
Liberdade intrépida do seu corpo junto ao meu na arte do balançar.
Me acompanhando pelo fim do dias, na arte do barbosear!
                                                                                      

Pedruba Guedes

sábado, 21 de maio de 2011

Noite em Gole


Sacio-me e em silêncio eu bebo...
Lembro de dias felizes, tempos passados.
E se por um acaso a dor chegar,
as boas lembranças as irão afastar!

Muitos foram os copos...
Mas a pergunta segue a sempre mesma.
Como pode um simples copo conter,
 ao mesmo tempo, tanto amor e dissabor?

São perguntas sem resposta,
é a sua companhia,
é a minha, a sua, a nossa história.
Que fazem cada gole ser o melhor!

Não estou aqui para julgar,
 para ter toda ou nenhuma razão
ou me achar certo ou errado.
Só o sei é que ao seu lado, cada gole será o melhor!

Não sou do tipo que escolhe dia para beber...
Nem hora, nem humor.
Sou do tipo que tem uma historia para contar...
E uma vida, enquanto eterna for, a celebrar!

E afirmo com a única certeza que tenho.
De todos os lugares do mundo, eu não teria dúvidas...
É aqui, com meus amigos que quero ficar,
e fazer dessa noite, desse dia o melhor!


Pedruba Guedes


segunda-feira, 2 de maio de 2011

É o fim

Eu precisava apenas da sua mão para segurar, pensei por horas em você sendo que você estava no mesmo lugar que eu...

Bebi muito, usei todos os entorpecentes possíveis para que eu pudesse te esquecer e ao mesmo te ter ao meu lado a hora que eu bem entendesse...

E após eu ter passado novamente por este ritual degradante, de te declarar de todas as formas possíveis o quanto um homem pode ser capaz de amar alguém, novamente me foi negada a sua mão...

E vejo que por mais imbecil que eu venha a ser em insistir em mutilar meu peito, em teimar em te ver um pouco em cada parte da minha vida, não tenho certeza de que sou mais capaz de te levar em pensamento...

Na verdade, farei valer o que te disse noite passada, que quero apenas que você seja feliz, seja como for, e hoje vejo que talvez, para isso eu tenha que te negar todos os dias...

E negar o seu rosto nas janelas dos ônibus, das casas, nas ruas a caminhar, nos bares a me acompanhar, em um coração solitário e que assim, pelo visto, permanecerá...

 Vejo sim, que mais fácil teria nem ter chegado a te conhecer, mas penso que se assim fosse, teria perdido um pedaço do que sou hoje e a chance, ou melhor, a possibilidade de desistir e perder alguém...

E é o que farei, me darei a chance de poder perder ou ganhar um novo alguém, de teimar mesmo perdendo que pode dar certo, de dar um lar a um combalido coração, de me doar a alguém que me fará feliz e quem sabe bobo, um bobo feliz...

Não julgo agora se você me mereça ou não, se realmente merece aqueles que jamais te deram valor, mas tiveram uma chance, só espero que você saiba optar, e possa sentir, seja por que for, pelo menos 1% do que senti...
E que a cada novo verão ou inverno, permaneças sempre com o sorriso lindo de sempre, e que sempre me lembrou sua existência...

Digo agora, me reconstruo, estarei  ``em obras``, mas que quando acabar estarei ali, no mesmo bar, nas mesmas festas, ruas a cultivar uma nova flor!

Pedruba Guedes

sábado, 23 de abril de 2011

A ser

É preciso assumir o ritmo...
Que de qualquer forma, será somente seu.
Que se renova a cada vão pensamento!
Te leva a crises impossíveis de suportar,
e a momentos que se merece recordar.
Manter-se alerta sempre!
Sabendo que o tempo é uma ampola...
Que insiste em recomeçar infindável.
Te engole e destrói!
Pensar é em insônia ficar.
Porém, é preciso continuar...
Respirar....
Existir...
Continue!
Existir é crer num milagre diário.
Complexo, irracional e independente!
Não importa quantos riam de você!
Duvidem de você!
Quanta falta fará!
Ou coisas nessa vida deixar, esquecer.
Fundamental é insistir em si!
Aceitar de bom grado suas crises,
insônias,
saudades,
bondades, maldades.
Ser gigante, é ser capaz!
E ser capaz é acreditar que ante a própria complexidade...
Terás em mente sempre, um caminho trilhado em humildade!


Pedruba Guedes

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Desnudo


Nu, diante de tudo,
e o tudo, nada mais é além de você.
Com sinceridade eu falei e sem saber...
O tempo, o vento e o silêncio vieram me castigar.


Todo amor nutrido, foi confesso!
Da dignidade me despeço.
 O teu silêncio nutriu minha dor...
E hoje, me dividirei em dissabor.


Seja lá o que for que meus olhos vêem...
 Somente nos teus eles crêem!
E quando se fecham, ficam em ti a sonhar.


Sinônimos para mim, são teu nome e o amor.
 Passarei o resto da vida a desdenhar...
Vivendo eternamente no meu amor acreditar!


Pedruba Guedes

sábado, 9 de abril de 2011

Muito tempo sem postar, mas, cá estou!











Então caros amigos, fiquei um tempo sem atualizar, novamente, escrevendo muitas coisas, lendo e procurando me inspirar mais enfim, fazer com que a minha obra atinga seu ápice não apenas em sua forma, mas que ela também inspire vocês de alguma forma, que essa corrente se espalhe para seus amigos, familiares, conhecidos... e assim possamos fazer do brasil um país mais culto, que admire arte escrita e que possa definir e espressar melhor os próprios sentimentos. Como de costume, postarei 2 músicas e logo após, 2 poesias de minha autoria. A primeira música é de uma banda que eu tenho muito apreço, aliás eles tocaram recentemente em floripa e me fizeram após o show, ser mais um de seus fãs, acredito que vocês também conheçam essa música, pois a mesma tocou numa novela, teve projeção em rádios, enfim, sendo mais direto, a música é a sinceramente do Cachorro Grande, meio romântica, meio sinceridade do compositor, se possível para quem não conhece recomendo que ouçam. A segunda é uma do velhas virgens, minha banda de coração, sou fanático por esses caras, que cantam pra todo mundo se divertir, cada show deles é uma nova emoção, eles cantam o que muita gente tem medo de cantar, e essa musica se chama dinheiro pra torrar, tenho certeza que trára algumas lembranças a todos. E quanto as poesias, leiam e digam o que acharam... sem mais delongas:


Sinceramente
Cachorro Grande

Sinceramente, você pode se abrir comigo
Honestamente, eu só quero te dizer
Que eu acertei o pulo quando te encontrei
Eu acertei
Eu sei a palavra que você deseja escutar
Você é o segredo que eu vou desvendar
Você acertou o pulo quando me encontrou
Acertou o pulo quando me encontrou
E então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Por que nada é em vão
Gostei do seu charme e do seu groove
Gostei do jeito como rola com você
Gostei do seu papo e do seu perfume
Gostei do jeito como eu rolo com você
Sinceramente, você pode se abrir comigo
Honestamente, eu só quero te dizer
Que eu acertei o pulo quando te encontrei
Eu acertei o pulo quando te encontrei
E então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Por que nada é em vão.




Dissabor

Sempre só, eternamente um sol.
Penso há muito tempo...
Que jamais acabou!
Pouco tenho, muito tento,
mesmo quando tudo acabou.


Corre o tempo, espero o vento...
Brisa pouca que o tempo levou.
Que leve com ela a dor sem cor,
e desse instante todo o dissabor!


Mesmo que me frustre, insulte!
O desprezo dos muitos que me derrubam.
Sigo em frente, levanto o leme!
E o dissabor? Onde o coloco?
Deposito na ilha, onde deixei o meu primeiro ex amor.


Meras rimas, dissabor, dor...
Rimas essas que com a vida aprendo.
Seja como for, rindo ou sofrendo...
Jamais serão incolores,
 quem sabe lembrem essas dores
Dos melhores, sejam ventos, tempos ou intentos!


Pedruba Guedes



Escravo


Um dia já fostes
mero escravo
da dor...
do amor...
do ciúme...
da entrega...
da refrega...
da mente...
do coração...
da dúvida...
do medo...
e da felicidade!
Não me entenda com maldade.
Com malícia talvez...
Escravos ,todos somos, se ainda não fostes,
Espere a sua vez.
E que seja sem insensatez...
Insensato é quem se nega a ver.
E age em contrapartida sem saber!
Que inevitável nos assiste e insiste.
E que a vida nos ensina com toses letais de bondade
E iniqüidade.
Sejam quais forem os homens, seus destinos e cores!
Todos serão iguais perante céus.
Que emolduram vidas em um cordel...
Que escraviza com correntes e arreio!
Mas que quando voltamos a si, no aboli, nem que seja só no papel,
nos envia em telegramas por correio.
O primeiro ensejo!
 E assim, vivemos a esperar...
Nova escravidão que venha em meio ao mais nobre desejo.


Pedruba Guedes




segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

De volta...

Fiquei novamente um tempo sem postar mas fazer o que, assim são as férias, nada mais que tempo sobrando para ser ou não aproveitado(kkk). Bem, brincadeiras a parte estou para começar a trabalhar, o q é uma boa notícia, começar a ganhar o próprio dinheiro e com ele poder melhorar fundamentos básicos, sejam eles gramaticais, de sintaxe, enfim, toda e qualquer melhoria que venha a ser significativa a minha forma de escrever e que sejam adquiridos através de cursos ou algo do gênero. Creio também que se não começar a trabalhar essa semana estarei fora de floripa de quinta a domingo, irei para Criciúma rever uns amigos e resolver pendências pessoais, ou seja, pode ser que eu venha ou não a postar nesses dias, mas em caso de não já estou a me justificar aqui. Sendo direto agora, hoje postarei 2 poemas de minha autoria, um que se trata de uma homagem, tributo a muitos bons amigos que tive ou ainda tenho em vida e que através desse blog faço questão de homenagiá-los. Se trata de uma homenagem simples mas, sei que as vezes são as mais simples que são capazes de estar a altura de quem se homenageia.  A segunda espero que vocês mesmos descubram e interpretem da maneira que quiserem, eu tive a minha ao escrevê-la e não quero influenciar na opinião alheia, pois a minha intenção é que possa ela ter relevância nas vida de cada um de vocês, mas isso so se atinge, adquire sozinho, acreditem. E a música dessa vez é uma de uma banda a qual tenho muito apreço, sem dúvida umas das melhores do mundo, que já marcou muito a minha vida e essa música, wind of change, sem dúvida marcou, lembro-me de incontaves noites ao lado de bons amigos, tomando uma boa cerveja e andando pela rua ou jogando uma sinuca. É uma letra que fala de esperança, de sonhos e creio eu que são 2 coisas que faltam e muito no mundo caótico atual e que espero um dia, serem abundantes em nossas vidas mais do que agora:

Wind Of Change

Scorpions
 
 
I follow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change
An August summer night
Soldiers passing by
Listening to the wind of change

 
The world is closing in
Did you ever think?
That we could be so close, like brothers
The future's in the air
I can feel it everywhere
Blowing with the wind of change

 
Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away (Dream away)
In the wind of change

 
Walking down the street
Distant memories
Are buried in the past forever

 
I follow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change

 
Take (take) me to the magic of the moment
On a glory (glory) night
Where the children of tomorrow share their dreams (Share their dreams)
With you and me (You and me)

 
Take (take) me to the magic of the moment
On a glory (glory) night
Where the children of tomorrow dream away (Dream away)
In the wind of change (Wind of change)

 
The wind of change blows straight
Into the face of time
Like a storm wind that will ring
The freedom bell for peace of mind
Let your balalaika sing
What my guitar wants to say

 
Take (take) me to the magic of the moment
On a glory (glory) night
Where the children of tomorrow share their dreams (Share their dreams)
With you and me (You and me)

 
Take (take) me to the magic of the moment
On a glory (glory) night
Where the children of tomorrow dream away (Dream away)
In the wind of change (Wind of change)



Nunca em vão

Muito já se passou, mas sei realmente que ficou...
Entre o tempo, à distância e a amizade encontramos os caminhos da eternidade.
Confesso que apesar de nada termos planejado, no final dera certo
e que haverá sempre uma lembrança para me desgarrar da realidade!
E hoje eu direi por quê...


Comigo estavas em ruas desertas a saborear a mais nobre ou a pior bebida...
Ao meu lado esteve quando ao perder amores, eu chorei.
Sempre que eu escutar a nossa musica, lembrarei daqueles dias frios...
E que no fim das contas para mim serão os melhores verões!
Somente a nós será dada a honra de entender tanto sentimento em tantas letras, músicas...
Varias foram as vezes em que me visitares com a amizade de sempre,
com o riso, a fidelidade e a camaradagem costumeira.
Ate a minha família fizestes questão de compartilhar,
por ser o mais sincero amigo, nunca para somente agradar!
Ao meu lado força estava a dar quando muitas eram as tempestades...
Não importa quantos fossem os carnavais, reveillons ou natais,
sei que sempre pude contar com a embriaguez dos nossos dias de pouca lucidez!
Nunca fostes contra o meu coração, ao contrário, apoiou sempre as escolhas dele.
Seja com longas conversas ou com o cuidado sempre presente de um irmão.
Aliás, como eram boas as conversas...
Em botequins, esquinas, praças, apartamentos, casas, não importa o lugar!
Apenas as mesmas causas que discutíamos, um mundo a mudar.
Sei que o mundo se transforma com muita rapidez...
Porém, seguíamos sempre em frente rumo a insensatez!
Sabendo o valor que têm nas coisas simples...
E que dos clamores da vida seremos sempre reféns.
Embora eu saiba que a distancia e o tempo são implacáveis, muros erguidos contra nossa vontade!
Jamais quero que morra o que vivemos, viveremos ou podemos viver...
Quero com sua companhia sempre contar e um novo eu descobrir,
um saber conhecer, uma nova forma de viver e conhecer.
Nunca me esquecerei dos invernos, primaveras, outonos e verões...
Dos bares, ruas, mercados, andares...
Enfim, quão forem infinitos os lugares.
Não importa as diferenças, intrigas, lamúrias ou desavenças...
Os amores ganhos ou perdidos...
As lágrimas ou sorrisos...
A vida ou a morte em sua eterna cobrança pelo fisco.
Terei sempre um lembrete em mente...
Que seja como for, presente ou ausente,
terei sempre um amigo a contar!


Pedruba Guedes



Verdade


Persigo em vida o que sinto.
Das dores, me faço sempre ciente...
Aprendendo, sagaz como o melhor discente!
Sabedor da vida, sucinto.


Dos nervos de um dia, da raiva de um não,
trazendo uma mistura de dor com desilusão...
E por vezes nos abdica do juízo e sinceridade.
Mas trazem consigo sempre uma nova verdade!


Verdade crua sem saudade...
Verdade dita, por hora, pela metade...
Verdade que nos furta com lascívia...
Verdade crua a quem fascina...
Verdade escrita com sangue...
Que rompe trincheiras com um tanque!


Aliás, seria fácil derrubar toda e qualquer trincheira...
Porém, seria um mundo descartável, uma lixeira!
Pois é sabido que devemos enterrá-las ou impedi-las,
para que se possam dormir noites mais tranqüilas.


Pedruba Guedes

domingo, 23 de janeiro de 2011

Passei um bom tempo sem postar, mas agora volto com poesias novas para vocês e com o mesmo faro musical de sempre. Hoje falarei pouco. A música a ser postada hoje é do Matanza, um banda de rock já respeitada e reconhecida no cenário do rock nacional, o nome da música é Eu não gosto de ninguém, imagino que muitos assim como eu irão se identificar com a letra, todos nós temos e estamos cercados de pessoas que esperam o que não somos ou querem que sejamos o que elas entendem como certo. Porém é necessário sermos quem realmente somos, inabaláveis frente a opinião alheia e firmes em vida, que apesar das desgraças e dos problemas que se tenha em vida, nunca deixe de ser quem você é, faça o que te deixa feliz, siga os seus sonhos e não de ouvidos a vozes que não possuem moral ou decência para ter o direito de te criticar, que dirá de lhe dirigir a palavra, entretanto sigam com atenção e seriedade aqueles que te criticam quando o fazem com razão. Espero que curtam as minhas poesias com a mesma auto estima que tive ao escreve-las.




Eu não gosto de ninguém
Matanza


Não me faça nenhum favor
Não espere nada de mim
Não me fale seja o que for
Sinto muito que seja assim
Como se fizesse diferença
O que você acha ruim
Como se eu tivesse prometido
Alguma coisa pra você
Eu nunca disse que faria o que é direito
Não se conserta o que já nasce com defeito
Não tem jeito
Não há nada a se fazer
Mesmo que eu pudesse controlar a minha raiva
Mesmo que eu quisesse conviver com a minha dor
Nada sairia do lugar que já estava
Não seria nada diferente do que sou
Não quero que me veja
Não quero que me chame
Não quero que me diga
Não quero que reclame
Eu espero que você entenda bem
Eu não gosto de ninguém





Sigo

Sigo firme entre os que querem me derrubar...
Podem eles muito insistir, tentar...
Mas em nada podem me atingir.
Pois sou como um pássaro livre, eterno a voar!
A bater asas rumo ao próprio sonho,
sem jamais precisar que fugir.


Tolos são aqueles que pensam que o presente me derruba...
Que o passado me angustia...
E que o futuro me aprisiona...
Sejam quais forem as provações, os tufões,
sairei solenemente delas mais forte.
Seguidor poético da minha própria sorte!


Que venham, com quantas pedras forem!
Ergam muros para não se transporem!
Me comparem ao pior exemplo!
Que incendem meu nobre templo!
Mas saibam, permanecerei sempre aqui firme...
Pronto para o próximo, seja quem for que afirme.
Pedruba Guedes





Acores

Tenho por você eterno apreço.
Apesar de não haver mais sol, nem começo...
Nada mais há, somente o sentimento,
de amor e carícias sem tempo.


Te amarei por toda uma vida!
Mesmo que não estejas mais na minha,
não implica em posse, se ter ou perder!
Tão somente apenas, em um passado e um futuro um dia, juntos a crer...


Que dure e que seja eterno o que eu sinto.
Mesmo que a sua presença eu apenas pressinta,
serás sempre parte das minhas alegrias e dores, você sabe, eu não minto.


Haverão outros amores, clamores e dores...
Mas sei, que apesar da vida ser sucinta,
serás a única para mim, Dará a minha vida cores!


Pedruba Guedes

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

É hj que irei gastar...

Todas as minhas rimas! Sim, na poesia de hoje todos verão que gastei todas as minhas rimas e abri espaço para mais um estilo poético meu, algo mais ligado ao abstrato, espero que curtam, apesar das muitas rimas, todas estão de alguma forma interligadas e por isso a poesia toma assim forma, corpo e busca vida própria, além dos confins da mente de seu próprio criador. Postarei também uma bem antiga, relacionada aos meus tempos de juventude e que é uma poesia mais humorística, irônica, que também é uma das minhas formas de trabalhar e encarar poesia, mesmo porque tudo que remeta ao riso, mesmo que seja a mais ordiária das formas, é válida se eu conseguri reverter através disso um rosto descontente. E bem, como tenho costumado postar também obras musicais diversas, hoje irei postar um samba de um grande amigo meu aqui da ilha, o sujeito é bom no negócio e espero que vocês curtam da mesma forma que eu curti, fica aqui minha homenagem e meus sinceros agradecimentos pela cessão dele para que eu postasse a obra. Esse cara ainda vai longe, ainda verão eu escritor e ele sambista de sucesso, tocando em todas as rádios ao invés das merdas que têm sido veinculadas nas rádios atualmente. Enfim, sucesso a ele e vamos lá:




Desandou



andei sumido, calado
fui garçom, e até que eu era bom
me demitiram, coração da rua, aí vadiei
caí de bêbado e virou dia-a-dia

me embriago fácil,
com duas ou tres doses de amor
pronto pra noite, pronto pro abate
mas agora o resto me é um luxo
*

dormo na calçada, e no meio do lixo
não tenho mais nada, sinto fome
juízo eu nunca tive, por isso não perderia
gastei tudo em jogatina, bebida e putaria

e as putas agora se negam
fodi-me, e nunca mais usei minhas bolas
sem emprego, casa, amigos, grana.
eternamente barrado na casa das senhoras.

Augusto Bon Vivant




Maço

Em poesias, da vida muito faço...
Como se tudo num instante estivesse junto em um laço.
Como se cada novo amigo fosse um cadarço!
E tão logo, imenso faço um laço.


Cada cadarço uma vida, e dela da-se um traço!
Que ao achar um novo amor, deseja um inesquecível amasso...
Amasso estendido, desejado, que se acumula em um maço!
E assim novamente, vejo-me em um traço.


Todos somos um, formamos um mesmo maço,
Tal como sonhos inquebráveis, feitos de aço!
E seremos sempre simplórios guerreiros a dividir o mesmo espaço.


Creio em nossa virilidade, que jamais se quedará a um andaço!
Acredito na sua presente companhia amigaço...
E juro, orgulho terei sempre, de estarmos no mesmo maço!


Pedruba Guedes



Jaraguá, foi-se um bar

A noite é pouca, assim como meus reais
Porem encontro em cada esquina um amigo
A com ele vou a cada bar, o mais nobre abrigo
Onde sacio minha sede, com doses e doses de álcool letais
Vinde a mim o copo cheio, e que quando este esvaziar
Não ficarei somente ele a admirar
Irei com gosto e gana ele amparar, pois com amigos estou
E não cedo para o meu lar eu vou
Uma mesa de sinuca, putas pobres e uma simples jukebox
Para quem se lembrar, mais a noite nela toco P.O.BOX
Tem músicas para todos os gostos, do rock a um pagodinho
Tem ate aquela da banda do filho do Zico, Só no sapatinho
Eis que em meio a tanta musica, sinuca e gente
Uma das putas numa mesa olha para mim, mesmo cheia de pretendentes
Esfregando sua língua entre seus lábios e mordendo de leve um dos lábios com os dentes
Porém mesmo com seus truques de sedução ela não vai me conseguir
Pois meu dinheiro é curto, e somente posso mais umas cervejas e uma vodka pedir
O homem mais rico do bar pede sempre um bom vinho, coxas de frango e fichas
Fichas para a sinuca e a jukebox, porém ele toca de tudo, ele não quer rixas
As putas a ele desejam e os bêbados o respeitam
Mas indiscutivelmente ele é a figura do bar, isso todos aceitam
Para lá, uma ex eu já levei, o lugar ela não aprovou
Diz que não é lugar de gente, que lá cachaça até o diabo matou
Entretanto uma amiga dela do lugar gostou
Entretanto, nunca mais a esse buteco regressou
Ponto final de minhas festas e encontros entre amigos, ficantes e namoradas
Que terminavam sempre sob manhas ensolaradas
Um dia entre amigos e namorada, um maloqueiro muita cerveja a nós pagou
Ele queria apenas alguém para conversar, desabar, sua vida nos contou
Porem mesmo cedo ele se mandou
Foi se embora assim como chegou
Já reparei seios inoportunos grandes, e disse a sua dona
Que parecia como os das alunas do Michel, que era lugar de peitudona
Tantos foram os vinhos, conhaques, vodkas e cervejas
Lembro-me como era calmo, nunca haviam pelejas
Um dia, um aniversário na rua foi-se comemorar, e no Jaraguá ele foi terminar
Jogaram todos com o dono do bar, e de lá saímos só quando o sol veio a raiar
Logo após, numa nobre praça foram todos, inclusive eu, a de sono desmaiar
E eis quem eu vejo, na praça a chegar
Meu caro pai, num automóvel vinho a querer me levar embora
Disse eu, abraçado numa Natasha, quem ainda não era hora
Que ainda tinha muito que conversar
Meu pai assim se foi, mas em breve retornou com o mesmo pedido
Louco eu foi eu de 10 pila a ele pedir, esperando ser atendido
Fui embora para casa triste, chateado
Sem ter da ultima vaca participado
Um dia, tomávamos uma garrafa de vodka que não era do bar
O dono ameaçou fora jogar
E desde aquele dia não regressei a tão escroto buteco
Quem sabe um dia, num dia desvairado, lá faço um repeteco
Em nome dos dias em que cheiravam a álcool, galinha e mulher
E também saber que hoje em dia, é um lugar que ninguém mais quer.


Pedruba Guedes