sábado, 23 de julho de 2011

Nota ao repúdio


Por quantas vezes é possível se repudiar?
tantas são as causas dos nossos problemas
e tão poucas as suluções para tais teoremas...
Tudo isso pode ate parecer anacrônico
Porém, quero apenas dar ao meu repúdio um lar
sejam quantos os erros que cometes
ou o quanto bebes ou fumas
e as cretinagens que o vício lhe trará
nada mais importa, se tiveres sempre a ti
e a um amigo a quem acompanhar
não digo que seja fácil curar-se das dores
digo apenas que somente um caminho em meio a flores
e que é impossível deixar de repudiar suas próprias dores,
suas falhas, seus erros, seus defeitos
mesmo porque afinal, o que não somos além de meros humanos?
errar faz parte de nós, assim como repudiar
assim como começar por pensar
pensar em novas rotas a trilhar
erquer-se ante o presente vazio
e ser capaz de criar um eu vil
capaz de se recriar porém, sem jamais esquecer
de cada lição a ser tirada ao fim de um entardecer
privo me portanto, agora, a repudiar o que fui
e ao que eu sou
a tudo que em hora há de me cercar
e volta e meia vir a me perdoar
a me encontrar comigo seja sozinho
ou entre amigos
sacio me com a certeza e o orgulho de um forte
um gigante andarilho
que apesar do socos que em vida levar
jamais deixa de lutar!


Pedruba Guedes

terça-feira, 28 de junho de 2011

Barboseio


Seja como for, não da pra parar...
Se não for p/ lambadiar, que seja p/ barbosear.
Sinto o ritmo, navego em puro desvaneio,
e veja como é lindo, o meu barboseio!

Acompanho na vida, Beto Barbosa meu companheiro.
Amigo e mestre primeiro no barboseio!
Me ensina sempre que não em guerra entrar...
Se eu tiver comigo um par para barbosear.

Quero sua presença, não apenas seu apreço!
É com coração que sigo a caminhar por um apelo...
Apelo faceiro, moleque temido e guerreiro!
Que nada teme a se dedicar de corpo inteiro.

Aguardo pelo fim em vida, da arte sem mais floreios!
Dedico ao prazer simplista, da dança sem bloqueios...
Liberdade intrépida do seu corpo junto ao meu na arte do balançar.
Me acompanhando pelo fim do dias, na arte do barbosear!
                                                                                      

Pedruba Guedes

sábado, 21 de maio de 2011

Noite em Gole


Sacio-me e em silêncio eu bebo...
Lembro de dias felizes, tempos passados.
E se por um acaso a dor chegar,
as boas lembranças as irão afastar!

Muitos foram os copos...
Mas a pergunta segue a sempre mesma.
Como pode um simples copo conter,
 ao mesmo tempo, tanto amor e dissabor?

São perguntas sem resposta,
é a sua companhia,
é a minha, a sua, a nossa história.
Que fazem cada gole ser o melhor!

Não estou aqui para julgar,
 para ter toda ou nenhuma razão
ou me achar certo ou errado.
Só o sei é que ao seu lado, cada gole será o melhor!

Não sou do tipo que escolhe dia para beber...
Nem hora, nem humor.
Sou do tipo que tem uma historia para contar...
E uma vida, enquanto eterna for, a celebrar!

E afirmo com a única certeza que tenho.
De todos os lugares do mundo, eu não teria dúvidas...
É aqui, com meus amigos que quero ficar,
e fazer dessa noite, desse dia o melhor!


Pedruba Guedes


segunda-feira, 2 de maio de 2011

É o fim

Eu precisava apenas da sua mão para segurar, pensei por horas em você sendo que você estava no mesmo lugar que eu...

Bebi muito, usei todos os entorpecentes possíveis para que eu pudesse te esquecer e ao mesmo te ter ao meu lado a hora que eu bem entendesse...

E após eu ter passado novamente por este ritual degradante, de te declarar de todas as formas possíveis o quanto um homem pode ser capaz de amar alguém, novamente me foi negada a sua mão...

E vejo que por mais imbecil que eu venha a ser em insistir em mutilar meu peito, em teimar em te ver um pouco em cada parte da minha vida, não tenho certeza de que sou mais capaz de te levar em pensamento...

Na verdade, farei valer o que te disse noite passada, que quero apenas que você seja feliz, seja como for, e hoje vejo que talvez, para isso eu tenha que te negar todos os dias...

E negar o seu rosto nas janelas dos ônibus, das casas, nas ruas a caminhar, nos bares a me acompanhar, em um coração solitário e que assim, pelo visto, permanecerá...

 Vejo sim, que mais fácil teria nem ter chegado a te conhecer, mas penso que se assim fosse, teria perdido um pedaço do que sou hoje e a chance, ou melhor, a possibilidade de desistir e perder alguém...

E é o que farei, me darei a chance de poder perder ou ganhar um novo alguém, de teimar mesmo perdendo que pode dar certo, de dar um lar a um combalido coração, de me doar a alguém que me fará feliz e quem sabe bobo, um bobo feliz...

Não julgo agora se você me mereça ou não, se realmente merece aqueles que jamais te deram valor, mas tiveram uma chance, só espero que você saiba optar, e possa sentir, seja por que for, pelo menos 1% do que senti...
E que a cada novo verão ou inverno, permaneças sempre com o sorriso lindo de sempre, e que sempre me lembrou sua existência...

Digo agora, me reconstruo, estarei  ``em obras``, mas que quando acabar estarei ali, no mesmo bar, nas mesmas festas, ruas a cultivar uma nova flor!

Pedruba Guedes

sábado, 23 de abril de 2011

A ser

É preciso assumir o ritmo...
Que de qualquer forma, será somente seu.
Que se renova a cada vão pensamento!
Te leva a crises impossíveis de suportar,
e a momentos que se merece recordar.
Manter-se alerta sempre!
Sabendo que o tempo é uma ampola...
Que insiste em recomeçar infindável.
Te engole e destrói!
Pensar é em insônia ficar.
Porém, é preciso continuar...
Respirar....
Existir...
Continue!
Existir é crer num milagre diário.
Complexo, irracional e independente!
Não importa quantos riam de você!
Duvidem de você!
Quanta falta fará!
Ou coisas nessa vida deixar, esquecer.
Fundamental é insistir em si!
Aceitar de bom grado suas crises,
insônias,
saudades,
bondades, maldades.
Ser gigante, é ser capaz!
E ser capaz é acreditar que ante a própria complexidade...
Terás em mente sempre, um caminho trilhado em humildade!


Pedruba Guedes

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Desnudo


Nu, diante de tudo,
e o tudo, nada mais é além de você.
Com sinceridade eu falei e sem saber...
O tempo, o vento e o silêncio vieram me castigar.


Todo amor nutrido, foi confesso!
Da dignidade me despeço.
 O teu silêncio nutriu minha dor...
E hoje, me dividirei em dissabor.


Seja lá o que for que meus olhos vêem...
 Somente nos teus eles crêem!
E quando se fecham, ficam em ti a sonhar.


Sinônimos para mim, são teu nome e o amor.
 Passarei o resto da vida a desdenhar...
Vivendo eternamente no meu amor acreditar!


Pedruba Guedes

sábado, 9 de abril de 2011

Muito tempo sem postar, mas, cá estou!











Então caros amigos, fiquei um tempo sem atualizar, novamente, escrevendo muitas coisas, lendo e procurando me inspirar mais enfim, fazer com que a minha obra atinga seu ápice não apenas em sua forma, mas que ela também inspire vocês de alguma forma, que essa corrente se espalhe para seus amigos, familiares, conhecidos... e assim possamos fazer do brasil um país mais culto, que admire arte escrita e que possa definir e espressar melhor os próprios sentimentos. Como de costume, postarei 2 músicas e logo após, 2 poesias de minha autoria. A primeira música é de uma banda que eu tenho muito apreço, aliás eles tocaram recentemente em floripa e me fizeram após o show, ser mais um de seus fãs, acredito que vocês também conheçam essa música, pois a mesma tocou numa novela, teve projeção em rádios, enfim, sendo mais direto, a música é a sinceramente do Cachorro Grande, meio romântica, meio sinceridade do compositor, se possível para quem não conhece recomendo que ouçam. A segunda é uma do velhas virgens, minha banda de coração, sou fanático por esses caras, que cantam pra todo mundo se divertir, cada show deles é uma nova emoção, eles cantam o que muita gente tem medo de cantar, e essa musica se chama dinheiro pra torrar, tenho certeza que trára algumas lembranças a todos. E quanto as poesias, leiam e digam o que acharam... sem mais delongas:


Sinceramente
Cachorro Grande

Sinceramente, você pode se abrir comigo
Honestamente, eu só quero te dizer
Que eu acertei o pulo quando te encontrei
Eu acertei
Eu sei a palavra que você deseja escutar
Você é o segredo que eu vou desvendar
Você acertou o pulo quando me encontrou
Acertou o pulo quando me encontrou
E então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Por que nada é em vão
Gostei do seu charme e do seu groove
Gostei do jeito como rola com você
Gostei do seu papo e do seu perfume
Gostei do jeito como eu rolo com você
Sinceramente, você pode se abrir comigo
Honestamente, eu só quero te dizer
Que eu acertei o pulo quando te encontrei
Eu acertei o pulo quando te encontrei
E então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Por que nada é em vão.




Dissabor

Sempre só, eternamente um sol.
Penso há muito tempo...
Que jamais acabou!
Pouco tenho, muito tento,
mesmo quando tudo acabou.


Corre o tempo, espero o vento...
Brisa pouca que o tempo levou.
Que leve com ela a dor sem cor,
e desse instante todo o dissabor!


Mesmo que me frustre, insulte!
O desprezo dos muitos que me derrubam.
Sigo em frente, levanto o leme!
E o dissabor? Onde o coloco?
Deposito na ilha, onde deixei o meu primeiro ex amor.


Meras rimas, dissabor, dor...
Rimas essas que com a vida aprendo.
Seja como for, rindo ou sofrendo...
Jamais serão incolores,
 quem sabe lembrem essas dores
Dos melhores, sejam ventos, tempos ou intentos!


Pedruba Guedes



Escravo


Um dia já fostes
mero escravo
da dor...
do amor...
do ciúme...
da entrega...
da refrega...
da mente...
do coração...
da dúvida...
do medo...
e da felicidade!
Não me entenda com maldade.
Com malícia talvez...
Escravos ,todos somos, se ainda não fostes,
Espere a sua vez.
E que seja sem insensatez...
Insensato é quem se nega a ver.
E age em contrapartida sem saber!
Que inevitável nos assiste e insiste.
E que a vida nos ensina com toses letais de bondade
E iniqüidade.
Sejam quais forem os homens, seus destinos e cores!
Todos serão iguais perante céus.
Que emolduram vidas em um cordel...
Que escraviza com correntes e arreio!
Mas que quando voltamos a si, no aboli, nem que seja só no papel,
nos envia em telegramas por correio.
O primeiro ensejo!
 E assim, vivemos a esperar...
Nova escravidão que venha em meio ao mais nobre desejo.


Pedruba Guedes